Juliana Martucci Martins
Hoje a conversa não vai ser apimentada. Só quero dizer que estou voltando pra casa do meu Pai. Lugar de onde nunca deveria ter saído. Voltando para a essência de tudo que acredito, para a verdadeira motivação da minha fé, para o meu verdadeiro lar. Voltando para os braços do Pai, como uma criança, com coração limpo, sem manchas, com esperança e fé. Voltando para a sala de estar, onde sentamos e conversamos sobre todas as coisas, onde Ele me pergunta como foi o meu dia e eu compartilho tudo que tenho vivido. Voltando para a cozinha, sentados à mesa, onde juntos ceiamos em íntima comunhão. Estou voltando para a mesa do escritório, onde Ele me ajuda a cumprir as tarefas do dia e me ensina sempre uma nova lição sobre a vida. Voltando para o jardim, onde juntos caminhamos, plantamos, colhemos e às vezes brincamos como Pai e filha. Voltando para a varanda, onde apenas silenciamos e observamos juntos o pôr do sol. Voltando para o meu quarto de infância, onde eu costumava ser tão sincera e livre das preocupações de adulto, e onde eu esperava todas as noites pelo seu beijo na testa antes de dormir.
Eu estou voltando ao meu primeiro amor. Voltando para os braços do Pai, de onde fui arrancada pelas pressões, pelas preocupações, pelos compromissos e responsabilidades; pelas feridas, por palavras, por pessoas; pelo jugo da religião, pelo fardo da instituição, pelas verdades mirabolantes de uma nova teologia, pela verdade dos homens.
Estou voltando ao meu lugar de refúgio, minha Rocha, minha fortaleza, meu socorro bem presente na angústia, meu Senhor e Deus.
Estou voltando pra casa, para a presença do meu Pai, de onde nunca mais quero sair e não me permitirei ser arrancada novamente.
Juliana Martucci Martins

Percebo que nos quatro cantos da terra uma voz tem se levantado. Uma voz de protesto, de indignação e de intolerância à religiosidade. Creio que Deus tem aberto os olhos de muitos a uma única Verdade que nos leva a enxergar a essência das coisas e de todo entulho que construímos em cima dela. Creio que esta é a voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor!
Pregações, louvores, mensagens, até mesmo as pedras já estão clamando, porque já não suportamos todo esse fardo que criamos e que temos carregado como se fosse "pagar nossos pecados". Eles já estão pagos! O que Jesus espera de mim e de você é apenas que sejamos seus imitadores.

Louvo a Deus por aqueles que tem coragem de se levantar, e não aceitar, e renovar o seu entendimento para conhecer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:2). Graças a estes e ao Espírito Santo de Deus, meu guia e Consolador, eu já não sou a mesma. Que Deus também me faça assim!

Medite na mensagem deste vídeo. Que Deus possa falar com você!
Juliana Martucci Martins
Os assuntos que vamos abordar a partir de agora neste blog podem vir de encontro com aquilo que você já pensa e sente, mas nunca teve coragem de falar, por medo de ser retaliado, medo de ser rebelde, medo de ser excluído, medo de se tornar um leproso dentro da sua própria comunidade...(chamo de comunidade a "igreja local" onde você congrega). Tudo que vou dizer, digo por conhecimento de causa e por hoje, graças ao meu Bom Pastor, ter sido liberta do engano. 
Bem, se você se identificou com o primeiro parágrafo, é bem provável que você esteja sendo controlado pelo sistema nicolaíta (domínio de uma casta que se julga superior sobre o povo). Você sabia que Deus odeia a obra dos nicolaítas? "Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio." (Ap 2:15) Você está vivendo na Babilônia que chamamos de religião, e que embora fale em nome de Deus e tenha aparência de bondade, não passa de engano. 
Este já seria um motivo suficiente para abandonarmos este sistema, mas vamos ver o que mais ele acarreta em nossas vidas. As escrituras nos dizem que o "perfeito amor lança fora o medo" (I Jo 4:18) Portanto se você pratica sua fé numa comunidade dominada por um ambiente de medo e ameaças, então o amor ágape de Deus está bem longe dali. Além disso, também aprendemos que "onde o Espírito de Deus está, aí há liberdade" (2 Co 3:17), e não controle ou manipulação. 
Antes de continuar, é importante dizer que não estou fazendo apologia à anarquia, rebeldia ou auto-suficência. Amo a Igreja de Cristo, vivo em comunidade, e é por isso que não me conformo com o que estão fazendo dela. Por isso quero apenas convidá-lo a refletir sobre o que Deus realmente quis dizer em Sua Palavra, sem distorções ou manipulações, porque a Verdade verdadeiramente me libertou. Portanto deixe de lado seus paradigmas e me acompanhe nesta reflexão, acima de tudo com temor pelo Espírito Santo e pelas Escrituras. 
Voltando aos nicolaítas, essa casta que se julga superior e especial possui traços de autoritarismo, controle, manipulação e egocentrismo. Quando atingem níveis avançados, já se julgam semi-deuses, criando títulos para si mesmos que nem Jesus jamais ousou usar (patriarca, pai espiritual, rei, e mais umas baboseiras que se ouve por aí). 
Colocando a si mesmos em verdadeiros pedestais, exigem certo tipo de adoração, geralmente camuflada de palavras como "honra, obediência, autoridade espiritual". Exigem todos os direitos de "pais" dos servos a quem chamam de "filhos"; em contrapartida, os "filhos" recebem uma cartilha de deveres e nunca são tratados como tais. Se espelham nos grandes reis do antigo testamento, como Davi e Salomão, imitando toda suntuosidade e ostentação destes reinos, esquecendo completamente do Reino que Jesus veio pregar, de humildade, mansidão, paz, justiça e alegria. Anulam totalmente a graça. 
Chamamos de pais e mães na fé os pioneiros que nos apresentaram o evangelho de Cristo e nos acompanharam no começo da fé cristã, discipulando e cuidando. Também temos pastores que Deus coloca em nossas vidas para nos instruir no caminho da verdade e gerar em nós uma fé madura. Estes, sem dúvida, merecem nossa gratidão, amor e honra, porque semearam isso em nossas vidas (Hb 13:17). Também é verdade que nós geramos discípulos, a quem amamos e instruímos como filhos (Filemon 1:10). 
Mas existe uma grande e sutil diferença entre estas pessoas e os chamados "pais espirituais": o controle! Irmãos, é inegável a oposição de Jesus a este tipo de domínio sobre os filhos de Deus. Analisemos Suas próprias palavras: 
"E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.O maior dentre vós será vosso servo" (Mt 23:9-11) 
"E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve." (Lc 22:25-26) 
Não sejamos tolos. Claro que Jesus se referia a qualquer pessoa que queira se colocar entre você e Deus. O véu já foi rasgado. Voltemos à graça! Analisemos com temor a Palavra de Deus e não sejamos mais enganados. "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres."(Jo 8:36) 
Talvez o nicolaísmo tenha embaçado sua visão o suficiente para não enxergar o tamanho do seu verdadeiro Pai. Mas Ele diz que "o céu é o Seu trono e a terra o estrado dos Seus pés" (At 7:49). Você tem medo de quem? Liberte-se!
Juliana Martucci Martins
"Caffé com Deus e Pimenta" é uma nova versão deste blog. Chegou a hora de inovar e espelhar a realidade. Vamos falar de assuntos mais intensos e "árduos" da caminhada cristã, tratando as coisas como elas realmente são, porque caffé com leite é para os fracos. Se você também está cansado de mesmices, vem comigo!