Juliana Martucci Martins
Você já se perguntou por que os magos foram adorar a Jesus em seu nascimento? Ou melhor: você sabe quem eram estes "magos"? A Bíblia não diz que eram "reis" e também não diz que eram "três", nem nunca menciona os nomes Baltasar, Melchior e Gaspar. Diz apenas que "vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo" (Mt 2.1-2)

A palavra "mago" em nossa cultura ocidental, conota paganismo, ocultismo e até mesmo bruxaria. Mas deixando de lado a "nossa cultura", vamos compreender quem eram estes caras! Provavelmente vinham da região da Mesopotâmia ou Babilônia (local onde o povo de Israel permanecera em cativeiro, portanto provavelmente já haviam ouvido falar da vinda do Messias, Rei dos judeus). Na cultura deles (os magos), a chegada de um "rei" era algo sagrado, exercia uma influência sobre toda a terra, e ainda que nem conhecessem os planos de Deus para a humanidade, quando souberam da chegada de um "rei", imediatamente se deslocaram para adorá-lo. Eles souberam de Sua chegada pelo estudo que faziam dos astros (calma aí, não é astrologia nem horóscopo, é ciência). Viram a Estrela do Oriente e logo souberam que algo diferente estava acontecendo: era a chegada de um ser muito especial na terra, alguém "acima da média", que era digno de ser adorado!!

Não é maluco isso? Os caras eram pagãos, vinham de uma região distante, viram uma "luz diferente" e reconheceram a grandeza do Messias, e vieram adorá-lo!!! Espetacular!! E os judeus?? Ah, os judeus nada, nem se tocaram que o Messias estava nascendo...

Sabe o que isso nos ensina? A universalidade do Reino!! Jesus veio estabelecer um Reino sobre toda a Terra. Ainda que não o conheçam, ainda que não o reconheçam, Ele é Rei sobre todos os povos! E a Sua vinda derrubou as barreiras da separação, entre povos, raças, classes e todo tipo de segregação. 

Agora quero chegar na minha reflexão para este natal. O calendário dos Maias não anunciava o fim do mundo em 2012, como todo mundo disse. Ele anunciava o fim de um ciclo e o começo de uma nova era. 

E então, depois desse exemplo dos magos e da universalidade do Reino de Cristo, o que podemos entender sobre esta previsão? Será que os caras estavam loucos? Eu não desdenharia do conhecimento de um povo milenar. Creio sim que começa uma nova era de cumprimentos das profecias das Escrituras. Os povos, ainda que não compreendam, reconhecem que algo diferente está por vir, como foi com os magos no nascimento de Jesus. A criação geme aguardando a manifestação dos filhos de Deus (Rm 8:19). O fim do mundo não foi ontem, mas certamente se aproxima o cumprimento das profecias de Jesus em Mateus 24 (não sabe o que é? vai ler!). 

Muitos estão ironizando e debochando que o mundo não tenha acabado no dia 21/12/12. Isto porque, para eles, o fim do mundo será hollywoodiano...aquela série de catástrofes naturais destruindo tudo e todos de uma só vez. Tolices! Só não enxerga quem não quer! O fim do mundo já começou! A profecia já está se cumprindo. Quem tem ouvidos, ouça, e fique atento aos sinais! Mesmo que você não creia, Jesus é Rei, Ele virá e a profecia se cumprirá. Todo joelho se dobrará e toda lingua confessará que Ele é o Senhor!
Juliana Martucci Martins
Depois de anos ouvindo dizer que Deus "é teu Pai e quer te mimar", que Ele "se alegra com a tua prosperidade", que "Jesus se fez pobre para que você fosse rico" (essa me dá náuseas), que "filho do Rei tem que ter o melhor (carro, casa, queijo suiço na geladeira, etc)" e outras baboseiras, eu finalmente fui impactada com a VERDADE pura e genuína do evangelho da cruz. Embora sempre desconfiasse desses jargões quando olhava pra vida de Jesus tão cheia de simplicidade, eu, como toda a massa, me sentia anestesiada ao ouvir estas coisas num momento de aflição. Ía pro culto ouvir uma "mensagem de ânimo" de um pregador bastante entusiasmado que parecia nunca sofrer nem uma dor de barriga, cantar e dançar uns 3 ou 4 louvores de auto-ajuda, e estava pronta pra começar a semana "cheia de fé", que durava até terça ou quarta-feira...Essa é a realidade da grande massa "evangélica" hoje.

É isso que o evangelho do "positivismo" faz: cria um "deus" que não habita no sofrimento e na dor, um "deus" que não existe...Quanta pretensão! Quanta arrogância! Quanto engano! Onde foi parar a graça? Onde foi parar a cruz? Onde foi parar "Jesus" nesse evangelicalismo superficial, fútil e banal?

Ainda bem que temos exemplos que derrubam facilmente esta tese! O que dizer dos sofrimentos de Jó, de Paulo e do próprio Jesus? Dá pra dizer que foram abandonados por Deus, só porque sofreram aflições, humilhações e dores em seus corpos?

Em minha vida, creio que cheguei à estrada de Damasco, onde fui derrubada do cavalo e me tornei cega, assim como Saulo...E creio que foi o próprio Jesus quem me trouxe até aqui.

Acolhido por Barnabé, Saulo aprendeu que toda sua religião estava matando não somente a outros, mas a si próprio. Saulo era um homem cheio de qualidades e potencial, mas estava focando suas forças da maneira errada, da maneira que aprendeu com seus mestres. Então Jesus entra na sua história e muda sua vida do avesso! Que tremendo tombo do cavalo fez de "Paulo" este homem que conhecemos! Quatorze anos reaprendendo a ser alguém, e vejam o resultado! Paulo caiu do cavalo para que pudesse se render aos pés de Jesus. Para que toda seu orgulho e arrogância do "saber" fossem reduzidos como o pó daquela estrada. Ficou cego para que pudesse finalmente enxergar a Verdade e depois abrisse os olhos dos que não enxergavam.

Assim também havia orgulho no coração de Jó, por ser um homem justo e bom, mas aprouve ao Senhor santificá-lo e provar sua total dependência dEle. O Senhor o justificou e devolveu o dobro de tudo que lhe foi tirado porque Jó finalmente entendeu que ele não era bom o bastante, e nunca seria, diante da grandeza de Deus. 

Quando Deus olha pra alguém e enxerga um coração que O teme e O ama, independente de suas fraquezas, é isso que Ele faz: derruba do cavalo e o torna cego, para depois o levantar e lhe entregar uma visão. Em outras palavras, se Deus acredita em você, Ele irá quebrá-lo, porque não pode derramar vinho novo em odres velhos. O novo de Deus não pode ser contido numa velha estrutura, numa mentalidade cheia de ransos, num coração cheio de feridas. Deus precisa tomá-lo em Suas mãos e refazê-lo para que você se torne um vaso adequado para honra. O Senhor não edifica uma obra nova em fundamentos comprometidos, alicerces rachados, em construção humana. O Senhor faz tudo novo! E eu o glorifico por isso!

O que os homens fizeram de Saulo? O tornaram um homem respeitado, culto, temido, instruído, comprometido, leal às suas leis e costumes, e de boa reputação para a sociedade. Um homem "de bem". Mas Deus o transformou em Paulo, homem simples, perseguido, desacreditado, humilde, sem teto, sem posses, ignorado até pelos amigos, porém um grande mensageiro de Deus, um apóstolo escolhido pelo próprio Cristo, um edificador da Igreja e restaurador de veredas.

Sim, Deus está presente na dor, e mesmo quando sofremos aflições, Ele está conosco, e Ele tem propósito nisso. Um tombo do cavalo pode render uma eternidade de frutos e de glória. Nossas aflições apenas nos lembram o quanto somos pobres, cegos e nus, pequenos e insiginificantes diante da grandeza do nosso Deus, e totalmente, completamente dependentes de Seu amor e graça! Não há nada, simplesmente nada em nós que nos torne "bons", se não a graça de Deus! E esta lição é justamente a que jamais podemos nos esquecer...

Perigoso é permanecer em cima do cavalo pra sempre...
Juliana Martucci Martins
Tentei escrever alguma coisa, não consegui. Então entendi que o momento é de reflexão instrospectiva. Creio que, quando o momento certo chegar, terei muito a dizer, e direi com convicção. Enquanto isso....enjoy the silence!

Juliana Martucci Martins
É impressionante como alguns conceitos se tornaram tão relativos no mundo moderno. Confesso que isso me assusta. A palavra amor, por exemplo, pode ter mil e uma interpretações diferentes, e esta é a causa de muitos conflitos nos relacionamentos. Dizer que ama, nesse mundo de relativismos, não quer dizer muita coisa, se não for demonstrado em atitudes.
A mesma coisa é a palavra liberdade. Meu Deus, que palavra perigosa num mundo relativista! Pare um pouco pra analisar o que as pessoas pensam sobre liberdade...
Para a maioria, ser livre significa fazer o que bem entende, matar a vontade da alma, seja qual for a consequência disso. Alguns dizem serem livres para justificar suas piores paixões, perversões, ambições, desejos. Disse um sábio que a minha liberdade termina onde começa a do outro, portanto, essa história de "ser livre é fazer o que eu quero", é enganosa e perigosa. Esse conceito maligno justifica muitas das calamidades que assistimos diariamente nos jornais. Eu sou livre, então posso roubar, matar, enganar. Posso desviar verba, posso mentir descaradamente, posso prejudicar uma nação inteira pra me dar bem. Eu sou livre então posso sair com quem eu quiser, fazer o que eu quiser, destruir um casamento, uma família, posso seduzir uma garotinha, posso trair meu esposo e filhos, posso destruir amizades por conta de um capricho meu. Sou livre para detonar meu corpo com todo tipo de substâncias, para me expor escandalosamente diante das pessoas, para chocar a moral e a educação dos filhos alheios. Eu sou livre e dane-se o mundo? Sabemos que não é assim que funciona. Quando a coisa inverte pro seu lado, você certamente não vai concordar com a liberdade do outro, porque esta prejudicou você ou alguém que você ama!

Existem outros tipos de liberdade mais, digamos, veladas, mas também nocivas. A liberdade de pensamento, fruto do intelectualismo, onde toda a verdade se torna relativa. Concorda comigo que, se cada um resolve viver sua própria verdade, o mundo vira um caos? Ora, e o que é que está acontecendo se não isso? Para onde toda a ciência e conhecimento tem nos levado, se não para um distanciamento de pessoas, perda de valores, frieza de relacionamentos e orgulho intelectual? Sim, graças a Deus somos livres para pensar! O homem que renova sua mente, evolui! O problema é que transformamos isso em muralhas que nos separam, e não em pontes que nos ligam uns aos outros. O ser humano tem mania de usar algo bom para sua própria destruição.

E quanto à liberdade religiosa? É assustador o número de "caminhos que têm levado a Deus" ultimamente. Pior é saber que muitos desses caminhos foram construídos com base em enganos e tem beneficiado alguns e prejudicado a muitos. A religião não nos liga a Deus, nem os rituais, nem os objetos, nem os intermediários. O que nos liga a Deus é nosso próprio relacionamento com Ele. É muito simples se achegar a Ele, mas a nossa "liberdade religiosa" tem complicado demais o caminho, e nos levado a perdição.

Agora existe sim uma liberdade genuína que independe destes conceitos, da cultura, do momento, do lugar, das circunstâncias, do governo, da educação, da família: a graça! A graça é a maior verdade libertadora que nunca ninguém jamais conseguiu superar. Difícil até de explicar. Melhor é vivê-la. 
Ser livre é saber que não foram as minhas obras que me libertaram, porque elas nunca serão boas o suficiente pra isso. Sou ser humano, falho e fraco. Mas o que me liberta é o amor e a graça de Deus derramados em minha vida. Reconhecer isso é a chave da liberdade. Só então eu posso ser livre para escolher entre o bem e o mal, poder escolher viver de um modo que não prejudique o outro, em nenhum aspecto, ainda que pra isso eu precise renunciar minha própria carne que outrora me aprisionava no pecado. Eu sou livre para escolher amar, mesmo a quem não quer ser amado. Perdoar, mesmo a quem não mereça. Socorrer, mesmo a quem não me peça ajuda. Negar minha vontade, para que um bem maior prevaleça. Negar a mim mesma, por amor a outra pessoa. Dizer "não" a qualquer tipo de ditadura, mesmo quando todos dizem "sim". Isto é liberdade. E esta, infelizmente, é a que poucos conhecem.

"Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens,
ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente" (Tt 2:11,12) 
"Onde o Espírito de Deus está, aí há liberdade" (2 Co 3:17)
"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8:36)
Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
Tiago 2:12

Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
Tiago 2:12
Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,

Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,
Tito 2:11-12
Juliana Martucci Martins
Hoje a conversa não vai ser apimentada. Só quero dizer que estou voltando pra casa do meu Pai. Lugar de onde nunca deveria ter saído. Voltando para a essência de tudo que acredito, para a verdadeira motivação da minha fé, para o meu verdadeiro lar. Voltando para os braços do Pai, como uma criança, com coração limpo, sem manchas, com esperança e fé. Voltando para a sala de estar, onde sentamos e conversamos sobre todas as coisas, onde Ele me pergunta como foi o meu dia e eu compartilho tudo que tenho vivido. Voltando para a cozinha, sentados à mesa, onde juntos ceiamos em íntima comunhão. Estou voltando para a mesa do escritório, onde Ele me ajuda a cumprir as tarefas do dia e me ensina sempre uma nova lição sobre a vida. Voltando para o jardim, onde juntos caminhamos, plantamos, colhemos e às vezes brincamos como Pai e filha. Voltando para a varanda, onde apenas silenciamos e observamos juntos o pôr do sol. Voltando para o meu quarto de infância, onde eu costumava ser tão sincera e livre das preocupações de adulto, e onde eu esperava todas as noites pelo seu beijo na testa antes de dormir.
Eu estou voltando ao meu primeiro amor. Voltando para os braços do Pai, de onde fui arrancada pelas pressões, pelas preocupações, pelos compromissos e responsabilidades; pelas feridas, por palavras, por pessoas; pelo jugo da religião, pelo fardo da instituição, pelas verdades mirabolantes de uma nova teologia, pela verdade dos homens.
Estou voltando ao meu lugar de refúgio, minha Rocha, minha fortaleza, meu socorro bem presente na angústia, meu Senhor e Deus.
Estou voltando pra casa, para a presença do meu Pai, de onde nunca mais quero sair e não me permitirei ser arrancada novamente.
Juliana Martucci Martins

Percebo que nos quatro cantos da terra uma voz tem se levantado. Uma voz de protesto, de indignação e de intolerância à religiosidade. Creio que Deus tem aberto os olhos de muitos a uma única Verdade que nos leva a enxergar a essência das coisas e de todo entulho que construímos em cima dela. Creio que esta é a voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor!
Pregações, louvores, mensagens, até mesmo as pedras já estão clamando, porque já não suportamos todo esse fardo que criamos e que temos carregado como se fosse "pagar nossos pecados". Eles já estão pagos! O que Jesus espera de mim e de você é apenas que sejamos seus imitadores.

Louvo a Deus por aqueles que tem coragem de se levantar, e não aceitar, e renovar o seu entendimento para conhecer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:2). Graças a estes e ao Espírito Santo de Deus, meu guia e Consolador, eu já não sou a mesma. Que Deus também me faça assim!

Medite na mensagem deste vídeo. Que Deus possa falar com você!
Juliana Martucci Martins
Os assuntos que vamos abordar a partir de agora neste blog podem vir de encontro com aquilo que você já pensa e sente, mas nunca teve coragem de falar, por medo de ser retaliado, medo de ser rebelde, medo de ser excluído, medo de se tornar um leproso dentro da sua própria comunidade...(chamo de comunidade a "igreja local" onde você congrega). Tudo que vou dizer, digo por conhecimento de causa e por hoje, graças ao meu Bom Pastor, ter sido liberta do engano. 
Bem, se você se identificou com o primeiro parágrafo, é bem provável que você esteja sendo controlado pelo sistema nicolaíta (domínio de uma casta que se julga superior sobre o povo). Você sabia que Deus odeia a obra dos nicolaítas? "Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio." (Ap 2:15) Você está vivendo na Babilônia que chamamos de religião, e que embora fale em nome de Deus e tenha aparência de bondade, não passa de engano. 
Este já seria um motivo suficiente para abandonarmos este sistema, mas vamos ver o que mais ele acarreta em nossas vidas. As escrituras nos dizem que o "perfeito amor lança fora o medo" (I Jo 4:18) Portanto se você pratica sua fé numa comunidade dominada por um ambiente de medo e ameaças, então o amor ágape de Deus está bem longe dali. Além disso, também aprendemos que "onde o Espírito de Deus está, aí há liberdade" (2 Co 3:17), e não controle ou manipulação. 
Antes de continuar, é importante dizer que não estou fazendo apologia à anarquia, rebeldia ou auto-suficência. Amo a Igreja de Cristo, vivo em comunidade, e é por isso que não me conformo com o que estão fazendo dela. Por isso quero apenas convidá-lo a refletir sobre o que Deus realmente quis dizer em Sua Palavra, sem distorções ou manipulações, porque a Verdade verdadeiramente me libertou. Portanto deixe de lado seus paradigmas e me acompanhe nesta reflexão, acima de tudo com temor pelo Espírito Santo e pelas Escrituras. 
Voltando aos nicolaítas, essa casta que se julga superior e especial possui traços de autoritarismo, controle, manipulação e egocentrismo. Quando atingem níveis avançados, já se julgam semi-deuses, criando títulos para si mesmos que nem Jesus jamais ousou usar (patriarca, pai espiritual, rei, e mais umas baboseiras que se ouve por aí). 
Colocando a si mesmos em verdadeiros pedestais, exigem certo tipo de adoração, geralmente camuflada de palavras como "honra, obediência, autoridade espiritual". Exigem todos os direitos de "pais" dos servos a quem chamam de "filhos"; em contrapartida, os "filhos" recebem uma cartilha de deveres e nunca são tratados como tais. Se espelham nos grandes reis do antigo testamento, como Davi e Salomão, imitando toda suntuosidade e ostentação destes reinos, esquecendo completamente do Reino que Jesus veio pregar, de humildade, mansidão, paz, justiça e alegria. Anulam totalmente a graça. 
Chamamos de pais e mães na fé os pioneiros que nos apresentaram o evangelho de Cristo e nos acompanharam no começo da fé cristã, discipulando e cuidando. Também temos pastores que Deus coloca em nossas vidas para nos instruir no caminho da verdade e gerar em nós uma fé madura. Estes, sem dúvida, merecem nossa gratidão, amor e honra, porque semearam isso em nossas vidas (Hb 13:17). Também é verdade que nós geramos discípulos, a quem amamos e instruímos como filhos (Filemon 1:10). 
Mas existe uma grande e sutil diferença entre estas pessoas e os chamados "pais espirituais": o controle! Irmãos, é inegável a oposição de Jesus a este tipo de domínio sobre os filhos de Deus. Analisemos Suas próprias palavras: 
"E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.O maior dentre vós será vosso servo" (Mt 23:9-11) 
"E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve." (Lc 22:25-26) 
Não sejamos tolos. Claro que Jesus se referia a qualquer pessoa que queira se colocar entre você e Deus. O véu já foi rasgado. Voltemos à graça! Analisemos com temor a Palavra de Deus e não sejamos mais enganados. "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres."(Jo 8:36) 
Talvez o nicolaísmo tenha embaçado sua visão o suficiente para não enxergar o tamanho do seu verdadeiro Pai. Mas Ele diz que "o céu é o Seu trono e a terra o estrado dos Seus pés" (At 7:49). Você tem medo de quem? Liberte-se!
Juliana Martucci Martins
"Caffé com Deus e Pimenta" é uma nova versão deste blog. Chegou a hora de inovar e espelhar a realidade. Vamos falar de assuntos mais intensos e "árduos" da caminhada cristã, tratando as coisas como elas realmente são, porque caffé com leite é para os fracos. Se você também está cansado de mesmices, vem comigo!
Juliana Martucci Martins

Ele não prometeu que seria fácil, mas também nunca disse que seria impossível. Suas palavras nos confortam em toda e qualquer circunstância: "Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis" (Mc 10:27)

Muitas vezes me vejo na situação daqueles discípulos que chegaram a indagar a Jesus: "Quem poderá, pois, salvar-se?" Porque quando meditamos em seus mandamentos e enxergamos sua beleza, a maneira como Ele planejou tudo perfeitamente, nos sentimos seguros e motivados a caminhar de acordo com isso. Mas quando procuramos viver assim, nos deparamos com corações endurecidos, com vaidade e soberba alheia (ou nossa mesmo), com pessoas se autopromovendo, outras justiceiras demais a ponto de fulminar todos à sua volta, outras fechadas demais em seu próprio mundinho colorido, outras sem o menor senso de responsabilidade com o próximo e com o Reino de Deus. Nos deparamos com a ganância, com a mentira, com a vaidade, com a ira, com o orgulho e com todo tipo de obras da carne que há em nós mesmos e nos outros ao nosso redor. É quando toda sujeira e escória humana é lançada no ventilador e espirra na nossa cara que nós somos tentados a desistir de tudo. É aí que questionamos todos os sonhos, propósitos e a missão que Deus nos confiou. Olhamos para a humanidade e pensamos: eles não valem a pena, não são dignos de tanto amor e sacrifício.

Mas é aí que vem o maior tapa na cara! O Deus do Universo, aquele que amamos, defendemos, e ainda chamamos de Pai, Ele nos diz que valeu a pena e continua valendo. Que é justamente por tanto amor a esta humanidade suja, hipócrita, indigna, corrupta, que Ele entregou Seu único filho naquela cruz. Foi pela GRAÇA e não por merecimento. Ninguém digno, mas ainda assim Ele nos deseja, Ele nos ama, Ele não desiste de nós.

E eu te pergunto: quem é você ou quem sou eu para achar que alguém nesse mundo não é digno desta graça? Quem somos nós para nos achar tão mais verdadeiros, tão mais justos, tão mais certinhos, tão mais merecedores do favor de Deus?

Se nos ofendemos, nos magoamos, nos indignamos com o comportamento alheio, devemos lembrar que muito mais ofendido, humilhado e massacrado foi nosso Senhor Jesus Cristo. E ainda assim Ele nos ensina: ame o seu próximo como a ti mesmo. E diz que só há galardão em amar o inimigo, porque que vantagem tem amar o amigo?

Eu volto a fazer a pergunta dos discípulos: "quem poderá, pois, salvar-se?", pois até eu mesma, com toda verdade, sinceridade, caráter e compromisso com o Reino poderia ser achada indigna pelo Senhor ao sondar o mais profundo do meu coração. Mas Ele me amou primeiro, e aqui estou, indigna, mas justificada pelo Seu sangue, somente pela Graça!
Juliana Martucci Martins

Bom, antes de qualquer coisa acho bom explicar o título de hoje. Deuteronômio significa "relembrar". Pra quem não sabe, embora o conteúdo deste livro tenha sido ditado por Moisés, ele só foi escrito (relembrado) muitos anos depois, gerações depois, pós (ou in) cativeiro. As palavras deste livro foram transmitidas de geração em geração, guardadas pelo próprio Espírito de Deus, pra que chegasse até nós. Deuteronômio fazia aquele povo relembrar tudo que eles precisavam saber, e o que eles jamais deveriam esquecer, independente de cativeiro, guerras, opressões, divisões. Eles precisavam lembrar que tinham um Deus que zelava por eles, que haviam promessas e deveres para este povo, os quais jamais passariam. Céus e terras passarão, mas a Palavra de Deus jamais passará.
Eu tenho lembrado das promessas de Deus sobre a minha vida, dos votos que fiz em determinados períodos da caminhada, das experiências em que Ele me marcou pra sempre. Eu tenho relembrado de como eu costumava ser...
Engraçado que, às vezes, crescer nos torna mais covardes. A criança é ousada, livre, destemida. Ela não enxerga obstáculos, não coloca limites. Nós, adultos, somos tolhidos pela vida. Somos amordaçados, criamos regras e limites baseados em nossas frustrações. Construímos mais cercas do que pontes.
Relembrar é coisa de adulto, porque a criança não precisa ser lembrada do que ela tem que ser, ela simplesmente é! Simples assim! Adultos complicam as coisas, crianças não.
Eu queria ter a liberdade de um escritor com uma pena e um pedaço de papel nas mãos, pra dar asas aos pensamentos e viajar no mundo das idéias sem medo de encontrar fronteiras. Ou a do artista com uma tela, pincel e guache pra pintar uma linda história sem nenhuma pretensão, se não a de brincar com as cores e externar a inocência do coração.
É esse meu lado poeta que volta quando a alma pede um pouquinho de atenção, e eu preciso "relembrar" de como tudo começou pra que eu jamais esqueça quem sou.
Juliana Martucci Martins
A vida com Deus parece um vídeo game. Cada fase, um desafio. Algumas fases demoramos mais para passar. Outras passamos com facilidade. É verdade que cada fase completada é sinal de que ficamos mais hábeis, porém isso não é garantia de que o próximo desafio será mais fácil de ser vencido.
A fase que estou hoje é esquisita. Não é ruim, mas também não sei definir o que é. É indescritível. É uma fase sem palavras, porque elas se tornaram desnecessárias. É uma fase de muito pensar e muito sentir, mas pouco, muito pouco falar. Fase de apenas observar e refletir, falar pouco e dizer o mínimo, agir devagar e silenciar.
Na verdade, até mesmo este post já está me parecendo inútil e desnecessário. E esta é sensação que tenho cada vez que tento fazer alguma coisa. Como diz minha mãe, esta é a fase do "quieta aí".
E para quem viveu os últimos cinco anos em pleno vapor, é realmente um grande desafio ficar quieta. É como andar na corda do equilibrista, sem ter onde segurar, apenas confiando naquele que me chamou e sabendo que do outro lado da corda existe um lugar onde eu quero chegar. É só não olhar pra baixo...

Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Eclesiastes 3:6-7
Juliana Martucci Martins

Acompanhando toda esta evolução que uns chamam de reforma e outros de restauração da Igreja (prefiro mais a segunda palavra), eu também ando repensando (muito) o cristianismo. Repensar não implica diminuir seu valor, muito pelo contrário! Repensar neste momento é indispensável para a sobrevivência e o resgate de tudo que Jesus nos deixou como ensinamento.
Repensar envolve, entre outras coisas, reavaliar tudo que fazemos hoje e damos o nome de Igreja, evangelho, ministério ou cristianismo. Vamos descobrir que uma boa parte disso não passa de ativismo sem efeito, apenas nos torna ocupados demais dando a impressão que somos super espirituais, enquanto vidas morrem aos poucos, dentro e fora da "igreja".
Repensar dá trabalho, sim senhor! E o pior, quando repensamos, estamos sujeitos a encontrar falhas grotescas e aí nos vemos na responsabilidade de consertá-las. Talvez por isso ninguém aceite facilmente o convite pra isso. É mais fácil viver a religião.
O exercício de repensar não cabe apenas aos ministros, líderes e teólogos não. Ovelha (principalmente as gordas) precisam usar a cabeça e repensar também. É uma mudança que começa no individual e transforma o coletivo. Dependemos uns dos outros para reverter este quadro.
E no meio disso tudo, assistimos (de braço cruzados?) ao cumprimento da Palavra, que na minha opinião, é a mais dura e triste sobre os últimos tempos: o esfriamento do amor e a apostasia...Não, não é do mundo lá fora! É dos nossos irmãos na fé!! É como um vírus altamente contagioso pegando pessoas muito próximas a nós. E qual é o antídoto pra isso? O que nos tornará imunes a essa frieza assustadora?
E neste processo de repensar, existem muitas coisas das quais eu tenho me arrependido, muitas...
E continuo, sabe lá Deus até quando. Uma fase super estranha e ao mesmo tempo libertadora, mas que me desafia dia após dia a viver uma fé mais genuína e me faz perceber, cada dia mais, minha mediocridade diante de algo tão profundo, precioso e ao mesmo tempo "simples" como o cristianismo.
Estou na casa do oleiro e vou ficar aqui até que Ele me mande sair.
Repense!
Juliana Martucci Martins
Ontem no grupo de processo do Veredas falamos muito sobre educação de filhos, do quanto eles são influenciados pelo pais mais do que por qualquer outra pessoa na vida.
Voltei de lá bastante mexida com o estudo, e comecei a ler um livro que comprei há um mês chamado "A fé começa em casa"(Mark Holmen). Ele fala sobre a necessidade de remodelarmos nossos lares, e até oferece algumas idéias para que isso aconteça. O primeiro passo para isso acontecer é a remodelação dos pais. Os pais precisam viver em Cristo, antes de ensinar sobre Ele.


O que temos percebido em nossa sociedade é que o fervor da Igreja enfraqueceu porque o culto doméstico não existe mais. Foi substituído por diversas ocupações e distrações.
A primeira Igreja da qual fazemos parte é a nossa família. Se esta estiver fria na fé, um culto apenas por semana não irá mudar esta situação. Em casa não temos buscado a Deus com nossos cônjuges, ensinado os filhos na Palavra, orado junto com eles, etc. Apenas os levamos ao edifício que chamamos de "Igreja" 1x por semana ou nem isso, e achamos que lá nossos filhos aprenderão tudo que precisam saber sobre Deus. Mas a resposta é: não vão!

Uma pesquisa revela que "90% dos filhos que são ativos em grupos de jovens do ensino médio deixam de frequentar a igreja até o segundo ano da universidade. Um terço jamais volta à igreja (...) Muitas destas crianças consideram a fé como algo hipócrita - os pais agem de uma maneira na igreja e de outra forma completamente distinta em casa". (pg. 49)

A pergunta é: será que Jesus tem encontrado espaço dentro dos nossos lares? Qual é o tempo que eu e minha família dedicamos a adorá-lo e buscá-lo juntos em casa? E qual é o tempo que ocupamos com tv, internet, games e outras distrações? Se Jesus telefonasse hoje pra sua casa e marcasse uma visita pra amanhã, o que você precisaria colocar em ordem antes dele chegar? Faça isso hoje! Faça agora! Retome o culto doméstico. Ore e medite na Palavra com seu cônjuge. Ore com seus filhos diariamente, ensine louvores, conte histórias da bíblia. Busquem a Deus em família e sua fé será fortalecida para enfrentar todos os demais desafios lá fora (escola, trabalho, sociedade). Gerem filhos fortes, dando um bom testemunho de fé para que eles possam imitar. A responsabilidade pela fé e caráter do seu filho é só sua (pai e mãe) e de mais ninguém!

Antes de curar a Igreja, Deus quer curar as famílias!!! Se a fé começa em casa, a morte espiritual também começa lá.

"Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo."
(Ap 3:20)
Juliana Martucci Martins
De volta ao meu canto favorito, tomando um cafezinho com o Papai e pensando na vida e nas coisas que tem acontecido...

A vida tem passado rápido demais, e com ela passam as pessoas, os planos, os sonhos, os tempos. Os últimos tempos têm sido velozes e furiosos!!! Alguns rápidos acontecimentos mudam radicalmente nossa vida e forma de pensar. E mudando a forma de pensar, tudo muda! Impressionante! Tudo começa em nossas mentes, em nossa ótica sobre o mundo.

Renovar o entendimento segundo a Palavra de Deus traz fome e sede de justiça! Fome e sede da presença de Deus!

Tenho meditado sobre o avivamento. Alguns irmãos do passado já provaram uma pequena porção dele, testemunharam as chuvas serôdias, um despertamento da fé através da revelação da Palavra que trouxe derramamento do Espírito. Começou na Reforma e atingiu o auge com o avivamento da Rua Azuza, que inaugurou um tempo ímpar na Igreja de Cristo. É só ouvirmos o que aqueles homens e mulheres expressavam em seus hinos e sermões que podemos ter uma idéia do que eles viveram. E por que não vivemos o mesmo?

Estamos em meio a um longo período de jejum, e neste tempo Deus tem falado claramente aos nossos ouvidos. As portas já estão abertas, o tempo já foi selado! O que estamos esperando? Temos a Palavra e o Espírito. Temos liberdade de expressão e culto. Do que precisamos? Fome e sede!

A humanidade anda faminta e sedenta por coisas fúteis e passageiras. Mas falta fome e sede desesperada pela presença de Deus! Como a corça que anseia por águas, assim devemos ansiar por Ele!
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