Juliana Martucci Martins
Pessoal, segue o texto do Zaya, uma fantástica explicação científica sobre as pragas do Egito. Dê sua opinião!
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Olá a todos!
Para mim este assunto é muito apaixonante! Fico feliz em ter esta porta aberta para expor um pouco do que penso a respeito, tendo a consciência de que é um assunto amplo e que nunca será esgotado em ambientes de “discussões” qualquer que forem.
Bem, vamos lá!! Vamos tomar um café e conjecturar sobre a “Fé e a Ciência” !!

Busquei e li vários assuntos e bibliografias que descrevem o assunto para poder expressar melhor os meus comentários.
Fé é tudo aquilo que acreditamos, ou seja, é a adesão absoluta daquilo que se considera verdadeiro.
Gosto muito de uma frase bíblica que diz: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” (HEB 11:1).

O que me faz sentir incomodado é que às vezes esta frase é lida e interpretada como se não pudesse buscar mais conhecimentos, mesmo nas posições de fé. O que já ouvi é que se: “a fé é a prova das coisas que não se vêem”, então não se pode buscar mais informações sobre o assunto, apenas se crê e ponto final. Isso realmente me incomoda, pois tenho curiosidades em conhecer os fatos que levaram a existência da minha crença e da minha fé em acontecimentos realmente relevantes. Acontecimentos reais que de forma alguma tiram o brilho, o poderio e a grandeza de Deus, mas muito pelo contrário, mostra que Deus controla tudo e que nada, nenhum detalhe Lhe passa despercebido.

Por este motivo não vejo a ciência como uma força excludente da fé.

Concordo que ciência é o conhecimento empírico de alguma coisa, portanto juntando a ciência com a fé usando métodos para documentação, evidências e previsões confirmadas nos trazem à tona a verdade pura e incontestável da fé. Porque para ser ciência um método, uma hipótese, uma previsão e um estudo de caso precisam ser repetidos várias vezes por quem quiser repetir, trazendo o mesmo resultado sempre.

Eu trabalho com mapas e gostei muito da explicação sobre a função do cientista feita por John Polkinghorne que é a seguinte: "Os cientistas são fabricantes de mapas do mundo físico. Nenhum mapa nos diz tudo o que poderia ser dito sobre um terreno particular, mas em uma determinada escala pode fielmente representar a estrutura existente. No sentido de aproximações cada vez melhores da verdade sobre a matéria, a ciência nos proporciona um domínio cada vez mais firme da realidade física."

Para exemplificar coletei alguns acontecimentos bíblicos que já foram explicados pela ciência. Como já disse, nada do que foi descoberto tira a soberania e grandeza de Deus, mas mostra que os acontecimentos existiram realmente, mas existiram para um propósito maior, que eram ajustes e remanejamentos minuciosos para que tudo acontecesse a contento.

Segundo o canal de TV Nacional Geografic os acontecimentos foram os seguintes:

“Os arqueólogos acreditam amplamente que as pragas ocorreram numa antiga cidade de Pi-Ramsés no Delta do Nilo, capital do Egito durante o reinado do faraó Ramsés, o Segundo, que governou entre 1.279 aC e 1.213 aC.
A cidade parece ter sido abandonada há 3.000 anos atrás e cientistas afirmam que as pragas poderiam oferecer uma explicação para este abandono. Climatologistas que estudaram o clima antigo descobriram uma mudança drástica no clima da região, que ocorreu no final do reinado de Ramsés, o Segundo.
Ao estudar estalagmites em cavernas egípcias, os climatologistas foram capazes de reconstruir um registro dos padrões de tempo usando os traços de elementos radioativos contidos na formação calcária.
Eles descobriram que esses fatos coincidiram com o reinado de Ramsés. Antes havia um clima quente e úmido, mas depois o clima mudou para um período de seca.
O professor Augusto Magini, paleoclimatologista no instituto da Universidade de Heidelberg para a física do ambiente, disse que o “Faraó Ramsés II reinou durante um período muito favorável climáticas. Houve muita chuva e seu país floresceu. Este período úmido durou apenas algumas décadas. Após o reinado de Ramsés o clima faz uma curva acentuada para baixo em um gráfico. Há um período de seca, que certamente teria tido consequências graves”. Os cientistas acreditam que este parâmetro no clima foi o ponto de partida para a primeira das pragas.
O aumento das temperaturas poderia ter feito o rio Nilo secar, transformando o rio que flui rápido (que foi salva-vidas do Egito) em um movimento lento e cursos de água lamacenta.
Estas condições teriam sido perfeitas para a chegada da primeira praga, que na Bíblia é descrita como o Nilo voltando-se para o sangue.

O Dr. Stephan Pflugmacher, biólogo do Instituto Leibniz de Água Ecologia e Pesca Interior, em Berlim, acredita que esta descrição poderia ter sido o resultado de uma alga tóxica de água doce. Ele disse que a bactéria, conhecida como Borgonha ou algas Blood Oscillatoria rubescens é conhecida por ter existido há 3.000 anos e ainda hoje provoca efeitos semelhantes.
“Ela se multiplica maciçamente no movimento lento das águas quentes com altos níveis de nutrição. E quando morre deixa manchas vermelhas na água”, disse.
Os cientistas também afirmam que a chegada deste conjunto de algas em movimento acarretou a chegada da segunda, terceira e quarta pragas – rãs, piolhos e moscas.
O desenvolvimento de girinos em adultos é regulado por hormônios que podem acelerar o seu desenvolvimento em tempos de estresse. As chegadas das algas tóxicas teriam desencadeado tal transformação e forçou os sapos a deixarem a água em que viviam.
Com a morte das rãs, os mosquitos, moscas e outros insetos teriam se multiplicado por causa da falta de predadores. Esse fato, de acordo com os cientistas, poderia ter ocasionado a quinta e sexta pragas – gado doente e furúnculos.
“Nós sabemos que muitas vezes os insetos portadores de doenças como a malária provocam uma reação em cadeia, que é o surto de epidemias, fazendo com que a população humana fique doente”, explicou o professor Werner Kloas, biólogo do Instituto Leibniz.
Outra grande catástrofe natural que ocorreu a mais de 400 quilômetros de distância pode ser a responsável por desencadear a sétima, oitava e nona pragas, que trazem granizo, gafanhotos e trevas para o Egito.
Uma das maiores erupções vulcânicas da história da humanidade ocorreu quando Thera, um vulcão que fazia parte do arquipélago mediterrâneo de Santorini, ao norte da ilha de Creta, explodiu há cerca de 3.500 anos atrás. Essa erupção “vomitou” milhões de toneladas de cinzas vulcânicas na atmosfera.
Nadine von Blohm, do Instituto de Física Atmosférica da Alemanha, fez experiências sobre como se forma o granizo e acredita que as cinzas vulcânicas podem ter relação com trovoadas no Egito para produzir tempestades de granizo.
O Dr. Siro Trevisanato, biólogo canadense que escreveu um livro sobre as pragas, disse que os gafanhotos também poderiam ser explicados pela vulcânica cair fora das cinzas.
“A queda de cinzas para fora do vulcão causou anomalias climáticas, que se traduz em precipitações mais elevadas e maior umidade. Isso é exatamente o que favorece a presença dos gafanhotos”, disse.
As cinzas vulcânicas também poderiam ter bloqueado a luz do sol realizando a história de uma praga da escuridão.
Os cientistas encontraram pedra-pomes, a pedra feita de arrefecimento de lava vulcânica, durante as escavações das ruínas do Egito, apesar de não haver qualquer vulcão no Egito.
As análises das rochas mostram que ela veio do vulcão de Santorini, fornecendo evidências físicas de que a precipitação de cinzas da erupção em Santorini atingiu a costa egípcia.
A causa da última praga, a morte dos primogênitos do Egito, tem sido sugerida como sendo causada por um fungo que pode ter envenenado o abastecimento de grãos, dos quais meninos primogênitos teriam prioridade em receber os alimentos da colheita, por isso foram as primeiras vítimas”.


Estas foram as explicações dadas por cientistas sobre as pragas sofridas pelo povo egípcio, na época que Moisés negociava com faraó a saída do seu povo. Eu creio que Deus na Sua soberania fez uso de suas próprias criações para mostrar o Seu domínio e controle sobre Sua criação. Havia propósito para que tudo aquilo tivesse acontecido, que para mim só aumenta minha fé em um Deus maravilhoso e que faz uso de técnicas tão cheias de detalhes para beneficiar um povo amado por Ele.

Não quero, de maneira alguma, ser ingênuo ao ponto de querer racionalizar e explicar tudo. Não é esta bandeira que levanto abordando este assunto desta maneira, mas sim, quero além de sentir, vislumbrar a grandiosa mão de Deus controlando e criando todas as coisas. Como fico feliz em saber que existem muitas evidências históricas e argumentações dentro das ciências filosóficas e teológicas sobre a admissão de um Deus Criador e Seu controle. Mesmo sabendo que evidências possuem um valor circunstancial e que trazem acalorados debates, mantenho minha posição de fé na crença da existência de Deus. Isso não muda, é claro!!
Juliana Martucci Martins
Olá pessoal!

Estou passando rapidinho por aqui pra contar a novidade, que a partir de agora, vou convidar alguns amigos escritores a escreverem algo para o Caffe, e juntos vamos debater vários temas interessantes! Já fiz o convite ao Zaya, que prometeu escrever algo sobre "ciência e fé" em suas férias, e outros virão. Se você quer se candidatar, mande um email ou faça um comentário aqui mesmo.
Vamos edificar uns aos outros com nossos dilemas saboreando um gostoso caffezinho!

See you, guys!