Juliana Martucci Martins
"Mais bem aventurada coisa é dar do que receber" (At 20:35)
Fico muito realizada quando provo a fidelidade de Deus e a veracidade de Suas palavras nos pequenos detalhes do meu dia a dia. Semana passada preguei sobre bem aventuranças, um dos discursos mais lindos que Jesus fez em sua passagem por aqui. Falei do quanto temos distorcido o conceito de ser bem aventurado, segundo a Palavra de Jesus em Mateus 5. O termo bem aventurado (= feliz) mencionado na Bíblia sempre se refere a qualidades internas e nunca a qualidades externas, posição ou posses, mas as pessoas continuam achando que só serão bem aventuradas quando tiverem alguma coisa que elas ainda não possuem. É uma pena, morrerão frustradas. Melhor estarmos contentes e agradecidos com o que já somos, ou já possuímos.
Gosto muito de doar minhas roupas, sapatos e acessórios, principalmente para missionários ou irmãos na fé em condições difíceis. Em contrapartida, o Pai sempre me supre com presentes incríveis! Hoje mesmo recebi uns presentinhos dEle!
Outro pensamento que me conforta em horas difíceis, quando pessoas parecem nos confrontar, ou desprezar, ou simplesmente abandonar quando mais necessitamos, eu páro e reflito em tudo que tenho semeado nas pessoas: amor, paciência, cuidado, oração, zêlo e outras coisas que certamente em algum momento eu vou colher. Melhor é dar do que receber.
Então em vez de pensar nas coisas que não tenho e nas pessoas que me entristecem, eu escolho pensar naquilo que tenho (minha casa, meu chuveiro quente, minhas roupas e sapatos, minha cama confortável) e nas pessoas que amo, porque quem semeia amor sem olhar a quem, colherá na mesma medida.
Posso até estar triste, mas sou uma bem aventurada, sem nenhuma dúvida!
Juliana Martucci Martins
Estive num acampamento este fim de semana e ainda estou "ruminando" tudo que o Espírito ministrou naquele lugar. É impossível descrever ou até mesmo organizar as idéias, mas tem algo muito forte que eu quero compartilhar. 
Estamos vivendo as últimas horas. Pense no que vc faria se soubesse que não iria mais acordar amanhã de manhã. O que vc escolheria fazer nas últimas horas do seu último dia? Com certeza, muitas das suas supostas necessidades sumiriam da sua lista. Provavelmente, aquilo que hoje vc não dá muita atenção, passaria a ser uma prioridade, uma urgência. Certamente, vc ficaria desesperado. 
O tema do retiro foi Desesperados pela Sua Presença, o que parece algo até antiquadro para os nossos dias... Diariamente eu me deparo com pessoas desesperadas por muitas coisas: dinheiro (falta ou excesso), carência afetiva, vaidade, consumismo, poder, etc. O que raramente vejo são pessoas desesperadas por Deus e por fazer a Sua vontade.
O que um kamikaze pensava em suas últimas horas de vida? E um homem bomba com toda aquela parafernalha amarrada ao seu corpo? Quais seriam seus pensamentos e atitudes a caminho da morte física? Aqueles homens ficavam cegos e só conseguiam pensar no objetivo final: salvar sua pátria, defender sua fé, honrar seu povo, pagando com preço da própria vida, porque esta já não importaria mais.
Isto não lembra o discurso de Paulo, "viver é Cristo e morrer é lucro"? Talvez vc ache radical a minha colocação, mas é assim que tenho me sentido. Se penso no presente (a caminho do fim), me entristeço. Mas se penso no futuro, me encorajo a fazer algo que tenha realmente valor pra mim e pra muitos, porque sei que o tempo que nos resta é curto. Minhas escolhas hoje afetam diretamente a vida de alguém amanhã. E eu preciso escolher a Cristo, todos os dias, em todos os momentos e ocasiões. Tenho que ser radical, não há mais tempo pra indecisões.
Somos todos kamikazes, por isso nossas escolhas nunca foram tão importantes como agora. O que me preocupa é que olho ao meu redor e vejo muitos se esfriando num momento em que deveriam se desesperar...
Juliana Martucci Martins
Quando tudo parece ter perdido completamente o sentido, as forças se acabam, as motivaçoes esgotam e o ânimo desaparece, ela surge em meio à terra seca, me estende a mão, me levanta e, não sei como, me faz caminhar mais uma milha...
Estou falando da graça, mais uma vez. Mas agora é comigo, e não com os outros. Tenho sobrevivido com injeçoes diárias de graça, em meio às tribulações, preocupações e ao cansaço que está além do que eu posso suportar. E assim vou vivendo, cada dia mais dependente dela, como um vício, mas um vício que me traz vida!