Juliana Martucci Martins
Pelo menos uma impressão foi comum a todos nós da equipe: as crianças de San Pablo são muito especiais! Ficamos todos perplexos com "los niños" daquele lugar. Eu parecia uma turista japonesa de tanto que tirava fotos deles! Eu queria registrar a emoção de vê-los adorar, de vê-los brincar tão saudáveis e naturais, tão carinhosos, alegres e espontâneos... Claro, você pode dizer que estas características são próprias da idade, isso é o normal de uma criança , mas o problema é que as crianças do mundo moderno estão perdendo esta essência da infância. Crianças rebeldes, nervosas, introspectivas, viciadas em tv, games, internet e precoces demais em tudo... É tão triste saber que a incocência da infância tem sido roubada! E mesmo dentro da igreja, muitos não vêem testemunho nos pais de ter temor pelas coisas do Senhor, e certamente crescerão iguais, porque o caráter se forma na infância.
Pela simplicidade da vida em San Pablo, as crianças são mais saudáveis: brincam na rua, com bastante espaço e sem perigo, vão à escola, as mães são presentes e uma grande parte delas frequentam a Igreja. Na igreja, elas se rendem totalmente à adoração!!! São as primeiras a se colocar diante do altar, fechar os olhos e adorar. Algumas se prostram, choram...depois elas dão as mãozinhas, espontaneamente, e "dançam" durante o louvor!
E nós, brasileiros adultos, simplesmente contemplando toda aquela espontaneidade das crianças diante da presença de Deus. Confesso a vocês que muitas vezes eu mal conseguia me concentrar no louvor, porque naqueles momentos, observá-las era uma ministração de Deus na minha vida, uma cura, uma renovação de esperança e uma volta à essência da adoração. 
Tenho certeza que o louvor daqueles pequeninos é de valor inestimável para Deus. E por isso o Senhor me disse: para me adorar de verdade, você precisa ser como eles! Jesus nos ensina em Mt 21:16 - "Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor".
Mas uma coisa é importante salientar: crianças imitam seus referenciais! Estávamos numa igreja onde a adoração flui muito fortemente! Começando pelo pastor, que é um adorador, que dá liberdade ao Espírito! Os cultos tinham aproximadamente 1h de adoração. Os jovens e os pais daquelas crianças, se rendem no altar de Deus, sem reservas. Portanto, todo aquele quebrantamento é absolutamente normal para aquele povo de San Pablo, mas não para nós, de São Paulo, cheios de reservas e protocolos.

A série Minha Jornada em Costa Rica continua no próximo post...
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Juliana Martucci Martins
Hoje começa a série "Minha Jornada em Costa Rica". 
Durante esta semana vou postar em doses homeopáticas minhas impressões, lições e experiências vividas naquela nação. Levei um tempo para escrever sobre isso porque só depois que chegamos aqui e voltamos à nossa rotina, é que pudemos verdadeiramente digerir tudo que Deus derramou em nós nestes dias.
A viagem missionária à Costa Rica foi um divisor de águas na minha vida e ministério. Veio em momento oportuno e trouxe resposta para muitas questões, cura e restauração em algumas áreas, renovo espiritual e uma nova dose de ânimo para avançar nas coisas do Reino. Isso tudo sem falar no presente mais rico e precioso que Deus nos deu ali: AMIGOS! Sem dúvida, as "vidas" sempre são o melhor tesouro que se pode explorar e extrair de qualquer lugar onde nossos pés pisarem. 
Quando o Senhor nos leva a uma nação, Ele já tem um plano em mente. Em Sua infinita sabedoria, Ele mesmo já traçou os caminhos que serão cruzados, porque Ele tem propósito em tudo que faz. Ele derrama em nós um amor sobrenatural pelas vidas que conhecemos e uma compaixão pela necessidade de um povo tão distante de nós. 
A Costa Rica é rica em muitas coisas. Não podemos ter a pretensão de achar que estamos sendo levados a um lugar simplesmente porque eles precisam de nós. Nós também precisamos deles! Sei que servi muito ali, mas certamente recebi muito mais do que dei. Recebi, em primeiro lugar, AMOR. Os "ticos" (como são conhecidos) sabem amar e sabem demonstrar este amor sem limites. Aprendi o que é HOSPITALIDADE, e um dia quero saber receber pessoas como fui recebida ali. Aprendi a beleza da SIMPLICIDADE em ADORAR a Deus, a ENTREGA, a SINCERIDADE, o QUEBRANTAMENTO, e isto quem me ensinou foram os pequeninos...as crianças, os jovens e os nicaraguenses (os nicaraguenses são os "retirantes" em Costa Rica, que trabalham nas lavouras de melão e sofrem muito preconceito por causa da pobreza de seu país).
Uma experiência como esta nos faz esvaziar de nós mesmos, da religiosidade, dos nossos títulos e cargos, das nossas dores e lamentações, como diz o louvor de Nivea Soares...Somos esvaziados para que o Senhor nos encha de vinho novo, porque quando estamos muito cheios de nós mesmos,não sobra espaço para as coisas novas de Deus.
Estar num ambiente de necessidade nos faz resgatar nossos valores, nosso senso de justiça e a consciência de nossa pequenez diante do Reino de Deus. Nos coloca no eixo e nos purifica dos excessos que colecionamos na caminhada.
Eu fui esvaziada, na forma mais profunda que isso possa significar. Mas voltei transbordando de vinho novo, de azeite fresco, de um perfume com uma nova fragância. Voltei mais apaixonada pelo meu Deus, mais maravilhada com o meu Jesus e muito mais íntima do Espírito Santo!
To be continued...

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Juliana Martucci Martins
2011, aqui estou eu! No ritmo da reforma e a todo vapor!
Nosso primeiro post do ano falava de reforma, embora eu ainda não soubesse muito bem que tipo de reforma iria acontecer. Mas agora um quebra-quebra já começou a acontecer para que uma nova estrutura seja construída.
O visual do blog também passou por um upgrade. Novas cores, novos objetos (caneta e papel tem tudo a ver comigo, principalmente quando eu tomo um caffezinho com Deus!) e certamente um novo conteúdo, porque as mudanças já estão acontecendo, de dentro pra fora.
Tomaremos muitos caffezinhos este ano enquanto assistimos juntos as paredes e colunas sendo levantadas. Será um árduo trabalho, mas pensar no resultado final é o que mais me motiva.
Te vejo no próximo post!